Presos em ação policial contra furto de água na Bahia foram capturados em chácara de alto padrão
17/10/2025
(Foto: Reprodução) Operação desarticula esquema de irrigações clandestinas em Vitória da Conquista
Uma chácara de alto padrão foi o alvo principal da ação policial contra furto de água, que prendeu seis pessoas na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, nesta sexta-feira (17). A "Operação Hydor" foi deflagrada no bairro Lagoa das Flores, onde foi identificado ao menos 50 imóveis abastecidos por meio de ligações clandestinas.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), em parceria com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Segundo a empresa, o volume de água ofertada para o bairro Lagoa das Flores saiu de 1 milhão de metros cúbicos de água para 4 milhões diários, em 2025. Um monitoramento feito na região mostrou que 60% do volume distribuído era perdido por meio de ligações irregulares.
Conforme informações de Manoel Marques, gerente regional da Embasa à TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia na região, moradores do bairro fizeram um furo em uma grande adutora instalada em 2023 para ampliar a distribuição de água na região.
"A gente tem uma subadutora de 300 milímetros [e] as pessoas entroncaram ramais nessa adutora e saíram distribuindo [água] na rua", disse.
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Mansão e outros imóveis do bairro de Vitória da Conquista utilizavam ligações ilegais
Reprodução/TV Sudoeste
Ainda conforme a Embasa, a água era desviada para usos diversos, como irrigar hortas e até mesmo encher piscinas.
"A gente tem situação de todo tipo: [a água] está sendo usada para irrigação, para consumo e até mesmo em casa com piscina, casas de alto padrão e isso não vai ser tolerado pela empresa", afirmou o representante da Embasa.
Além de prejudicar o atendimento às casas onde o abastecimento é regular, a manipulação indevida do sistema da rede distribuidora aumenta o risco de contaminação da água. Diante disso, todas as pessoas presas durante a operação devem responder por furto qualificado e contaminação de água potável.
"Vários outras pessoas também serão intimidas a prestar esclarecimentos", afirmou Odilson Pereira, delegado da Polícia Civil que acompanhou a ação.
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